As mudanças de temperatura e variações climáticas impactam diretamente as vias aéreas superiores, especialmente em pessoas com doenças alérgicas ou inflamatórias, como rinite, sinusite e asma.
O aumento da temperatura ambiente e o aquecimento global intensificam a produção e dispersão de aeroalérgenos, como pólen e esporos fúngicos, prolongando as estações de polinização e elevando a alergenicidade desses agentes.
Isso contribui para o agravamento dos sintomas respiratórios, especialmente em indivíduos sensíveis.
Temperaturas elevadas e baixas, assim como baixa umidade relativa do ar, prejudicam a barreira epitelial das vias aéreas, favorecendo inflamação, hiperreatividade e remodelamento tecidual.
Estudos mostram que exposições a extremos térmicos agravam a inflamação e alteram a função pulmonar, principalmente em casos de asma.
Além disso, a função das pequenas vias aéreas é especialmente vulnerável a condições de temperatura e umidade não ideais.
Outro ponto importante é a influência do clima sobre a qualidade do ar. O aumento de poluentes atmosféricos, como ozônio e partículas, potencializa as respostas inflamatórias das vias aéreas, principalmente quando combinado com a presença de aeroalérgenos. Isso favorece maior prevalência e gravidade de rinite alérgica, rinossinusite crônica e exacerbações de asma.
Sintomas como obstrução nasal, espirros, tosse, falta de ar e piora da função pulmonar podem ser precipitados por variações bruscas de temperatura, exposição a poluentes, aumento de aeroalérgenos e eventos climáticos extremos.
Por isso, estratégias adaptativas são recomendadas: monitorar a qualidade do ar, evitar exposição a poluentes e agentes irritantes, manter ambientes limpos, arejados e, se necessário, utilizar umidificadores em épocas de ar seco.
Para quem já tem doenças respiratórias, é fundamental ajustar o tratamento preventivo sob orientação médica e manter acompanhamento regular.
Em caso de piora dos sintomas, procure avaliação especializada. Cuidar da saúde respiratória durante as mudanças de estação faz diferença na qualidade de vida e ajuda a evitar complicações. Prevenção é sempre o melhor caminho.