As pneumonias virais representam uma parte significativa das infecções pulmonares, atingindo especialmente crianças, idosos e pessoas com imunidade comprometida.
Em adultos saudáveis, estima-se que até um terço dos casos de pneumonia seja de origem viral, enquanto em crianças esse número pode chegar a 60%.
Entre os vírus mais comuns estão influenza, VSR, rinovírus, adenovírus, parainfluenza.
Quando o vírus chega às vias respiratórias, ele provoca lesão direta nas células do epitélio pulmonar. Elas se inflamam, podem morrer e a barreira que protege os alvéolos fica comprometida. A resposta do sistema imunológico é essencial: se exagerada ou desregulada, pode causar mais dano que o próprio vírus.
Os sintomas variam bastante. Em casos leves, surgem sinais semelhantes aos da gripe, como febre, tosse seca, dores musculares e mal‑estar geral. Em quadros mais graves, pode haver falta de ar, necessidade de oxigênio ou até ventilação mecânica. Alguns vírus, podem causar perda de olfato ou paladar.
Pessoas imunocomprometidas tendem a apresentar manifestações mais intensas e complicações.
Diagnosticar pneumonia viral não é simples, pois não há um sinal clínico exclusivo que diferencie viral de bacteriana. Observação da época do ano, rapidez de aparecimento dos sintomas, padrões radiológicos e testes moleculares ajudam bastante.
Painéis multiplex permitem identificar múltiplos vírus ao mesmo tempo, facilitando o manejo clínico, especialmente em ambientes hospitalares.
O tratamento específico é limitado.
Antivirais, como o oseltamivir, são indicados para influenza, principalmente se iniciados precocemente.
Fora isso, o manejo baseia-se em suporte clínico: repouso, hidratação e monitoramento da função respiratória. O uso de antibióticos só é indicado se houver suspeita ou confirmação de coinfecção bacteriana.
A prevenção continua sendo a melhor estratégia. Vacinação contra influenza e VSR, evitar exposição em surtos e proteger grupos vulneráveis, como idosos, crianças pequenas e pessoas com doenças crônicas, são medidas essenciais.
Se você notar febre persistente, tosse que não melhora ou dificuldade para respirar, especialmente se fizer parte de um grupo de risco, procure avaliação médica especializada. Diagnóstico precoce salva vidas
Agende sua avaliação pulmonar.
Cuidar da sua saúde respiratória com acompanhamento médico é a melhor forma de prevenir complicações e preservar sua qualidade de vida.