As doenças pulmonares são geralmente divididas em dois grandes grupos: obstrutivas e restritivas. Essa classificação, embora técnica, é fundamental para o diagnóstico correto, para a escolha do tratamento adequado e para o acompanhamento do paciente ao longo do tempo.
Nas doenças obstrutivas, o principal problema está na saída do ar dos pulmões. O fluxo aéreo é prejudicado por inflamação, produção excessiva de muco ou estreitamento das vias respiratórias.
As doenças mais comuns desse grupo são:
- Asma: geralmente variável, com crises desencadeadas por alergias, poeira, ar frio, infecções virais ou estímulos ambientais.
- Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC): costuma ter evolução progressiva e está fortemente associada ao tabagismo e à exposição a poluentes.
Os principais sintomas incluem falta de ar, tosse crônica, chiado no peito e sensação de aperto no peito..
Nas doenças restritivas, a dificuldade está na entrada do ar nos pulmões. O problema ocorre porque o tecido pulmonar perde elasticidade ou porque há alterações na caixa torácica ou nos músculos responsáveis pela respiração.
Um exemplo clássico é a fibrose pulmonar, doença em que o tecido pulmonar se torna rígido. Outras causas incluem doenças intersticiais pulmonares, distúrbios neuromusculares e deformidades da parede torácica.
Os sintomas principais são falta de ar mesmo em atividades leves, tosse seca e cansaço fácil.
Embora os sintomas possam se confundir, a diferenciação entre doença obstrutiva e restritiva só pode ser feita com segurança por meio de exames específicos, principalmente:
- Espirometria (teste do sopro): avalia a capacidade de entrada e saída de ar dos pulmões.
- Tomografia de tórax: fornece imagens detalhadas das estruturas pulmonares.
Estudos recentes demonstram que a reabilitação pulmonar individualizada pode melhorar significativamente a qualidade de vida de pacientes com doenças obstrutivas e restritivas, inclusive em estágios avançados. Essa intervenção ajuda a reduzir sintomas, aumentar a autonomia e melhorar a capacidade para atividades do dia a dia.
Sintomas como falta de ar, tosse persistente e cansaço nunca devem ser ignorados. O diagnóstico precoce e correto é essencial para garantir tratamento adequado, prevenir complicações e promover mais qualidade de vida.
