O tabagismo é reconhecido como a principal causa evitável de morbidade e mortalidade globalmente, estando ligado a câncer, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e várias outras condições crônicas.
O hábito geralmente se inicia na adolescência, período em que a dependência física e comportamental se estabelece, reforçada pela ação da nicotina nos receptores cerebrais e pela liberação de dopamina.
A exposição repetida cria tolerância e sintomas de abstinência, como irritabilidade, ansiedade e dificuldade de concentração, tornando a cessação desafiadora. Além disso, a fumaça prejudica não apenas o fumante, mas também crianças, gestantes e pessoas expostas passivamente, aumentando risco de infecções respiratórias e problemas pulmonares ao longo da vida.
Os benefícios de parar de fumar são imediatos e significativos. Redução de risco cardiovascular, menor chance de câncer e melhora da função pulmonar ocorrem independentemente da idade ou tempo fumando. Intervenções combinadas, aconselhamento breve, terapia comportamental e medicamentos aprovados, como reposição de nicotina, bupropiona e vareniclina, aumentam consideravelmente as chances de sucesso.
Estratégias populacionais, incluindo ambientes livres de fumo, aumento de impostos sobre produtos de tabaco e campanhas de conscientização, reforçam a prevenção e protegem grupos vulneráveis.
O tabagismo é uma doença crônica recidivante. Muitas pessoas precisam de várias tentativas antes de alcançar abstinência sustentada, mas a persistência compensa: mais de 60% dos adultos que já fumaram nos EUA são atualmente ex-fumantes.
Se você fuma ou convive com fumantes, buscar ajuda especializada faz diferença. Diagnóstico, acompanhamento e suporte individualizado aumentam as chances de cessação e promovem melhorias imediatas e duradouras na saúde.
